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Oficina de Gravura: processo II

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Dona Maria: "A Saga de um filme piauiense" termina

"[...]sôo pretensioso ao chamar de meu filme. O filme é delas, das Marias e de suas histórias de vida. O que aprendi com elas repasso a quem tiver interesse. Se suscitar em alguém alguma reflexão, alegre ou triste, acerca de ser velho, os seis anos terão valido a pena. Aos jovens, sintam-se velhos. Aos velhos, sintam-se jovens. Pois a idade é aquela que sentimos, não a que temos. “Dona Maria” está aí para nos ensinar isso e várias outras coisas. E o que é a velhice, afinal de contas?"

Porque não falar de um filme piauiense, já que a nova grade curricular do curso de Artes Visuais do IFPI contempla uma disciplina de Cinema  e Vídeo? Ainda mais quando  a "personagem principal" é uma mulher envelhecendo sozinha tendo como companhia para todas as horas apenas o seu cavalete.

"Personagem principal" porque a verdadeira personagem é a velhice mesmo: as diversas Donas Marias espalhadas pelo primeiro longa-metragem do jovem cineasta Monteiro Júnior são as diferentes feições que essa personagem pode tomar. A artista plástica, única personagem ficcional da trama, costura os depoimentos reais das suas xarás de carne e osso através de uma espécie de monólogo teatral transposta para a tela: assim, o filme adquire um ritmo narrativo intuitivo, em grande parte conduzidos pela trilha sonora do compositor Renato Piau. O recurso da câmera mais parada e lenta, segundo o próprio diretor servem à temática do filme, além de ser uma forma de driblar os poucos recursos disponíveis para a sua montagem.

A "saga" da feitura de Dona Maria você pode acompanhar com detalhes no blog do próprio autor, que se diz satisfeito no seu discurso de estréia por finalmente ter encerrado ali uma etapa de sua vida que durou cerca de seis anos. Mas será que ela terminou naquela estréia do dia 4 de março de 2010, no Clube dos Diários? Dia 25 deste mês, Dona Maria estréia em Tabuaté, São Paulo.


Escrito por: Ludmila Monteiro
fotos: http://mostraebienal.blogspot.com/

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Rumos 2010 propõe intercâmbio e intervenções


O já consolidado programa de apoio a projetos de cultura do Banco Itaú está de inscrições abertas até 31 de julho. As principais novidades deste ano são o primeiro edital de Artes Cênicas e a abertura à produção e crítica literária estrangeira na categoria Literatura.

Lançados nesta última semana, dia 4 de março, os 4 editais do Rumos Itaú Cultural trazem embutidos em seu regulamento propostas experimentais de articulação cultural geralmente já adotadas por coletivos artísticos contemporâneos: a troca de experiências culturais entre diferentes regiões.

Os editais de Teatro e  de Música deixam isso bem explícito, indicando inclusive o critério coletivo claramente; já no seu 4ª edital de literatura, isso fica subtendido quando o programa abre espaço para críticos e produções estrangeiras pela primeira vez.

A marca da edição deste ano é também o apoio particular à pesquisa. Não só pelo Rumos Pesquisa, que incentiva claramente a produção acadêmica na área da cultura: os grupos de teatro que pretendem participar também precisam desenvolver a reflexão teórica em seus trabalhos.

A releitura de obras clássicas de música é o desafio principal do edital da área. Literariamente, o desafio é fazer o "serviço sujo" de catalogar e tentar caracterizar a múltipla e fragmentada produção brasileira dos anos 1980 até hoje. Ambos colocam o mesmo problema: entender o que é a cultura da época em que vivemos hoje. Tarefa nada simples quando o impacto das novas tecnologias de comunicação desestabilizaram os parâmetros de avaliação da crítica cultural como um todo.

Mais informações sobre o regulamento, acesse: http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2708

Escrito por: Ludmila Monteiro
fonte da notícia: coluna contemporama
fotos: blog Rumos Itaú Cultural
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Arte Urbana é reconhecida na mais nova edição do Artes de Março


Na última sexta-feira, os estudantes das duas turmas de Artes Visuais da tarde do Instituto Federal de Educação e Tecnologia do Piauí tiraram um pouquinho as bundas de suas cadeiras(graças a Deus) para uma visita ao já tradicional evento de arte no Teresina Shopping, o Artes de Março. Com direito a ônibus escolar e "pega-na-mão-pra-não-se-perder" conduzidos pelas professoras Vírginia Lopes e Teresinha, tudo estava indo segundo a cartilha, até que eles chegaram ao salão de eventos...


 Pra quem não acompanhou as edições anteriores, a surpresa pode ter sido um pouco menor: diferente de todas as outras edições passadas, a décima segunda edição do Artes de Março trouxe uma enorme instalação de avatars/monitores para o centro do Salão de Eventos. Ao redor dela, pufs num tablado de madeira garantiam a sensação de acolhimento juntamente com a iluminação alaranjada. E num círculo mais a frente, estavam dispostas obras principalemente em fotografia e grafite de novos astistas que estão surgindo no cenário cultural teresinense.

O palco de apresentações musicais se encontra decorado com uma versão 3-D das principais obras de Tarsila do Amaral relacionadas à temas urbanos. Alguns suportes de grafites eram placas de metal de caixas de energia, espelhinhos de camelô laranja ou mesmo estavam simplesmente penduradas, sob cordas ou skates. Tudo isso para evocar o tema: PLAST-CIDADE.

Atenção especial para o pequeno menino da zona nobre/leste de Teresina embasbacado frente a grafitagem ao vivo dos artistas do Movimento Hip Hop da cidade no dia da abertura do evento.


As professoras do curso pretendem levar os alunos mais uma vez para um bate-papo não oficial da exposição em breve, com análises mais críticas e aprofundá-las juntamente com os alunos durante a disciplina de Estética e Filosofia, do primeiro período.

Texto e Fotos: Ludmila Monteiro

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Oficina de Gravura I: processo


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Piauí sem voz na Pré-Conferência Setorial de Artes Visuais

Parte do projeto de políticas públicas do Ministério da Cultura- MinC, as Pré-Conferências Setoriais são etapas para a produção de propostas que irão conduzir a II Conferência Nacional de Cultura.

A articulação de âmbito nacional chama atenção por contemplar áreas ligadas as artes com pouca regulamentação específica, como o design, a moda, o audiovisual e também, as "recentes" artes visuais. Porém, esta última, aqui no Piauí, não elegeu nenhum delegado para representar o Estado. Porque isso aconteceu?

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